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Governo do AM divulga plano de reabertura do comércio a partir de 1º de junho em Manaus; veja cronograma

Medida vale somente para capital. No interior, segundo o governador, o retorno das atividades fica a critério de cada prefeitura

Governo do AM divulga plano de reabertura do comércio a partir de 1º de junho em Manaus; veja cronograma Foto: Divulgação Notícia do dia 28/05/2020

Da Redação

Manaus/AM - O Governador do Amazonas, Wilson Lima, apresentou, na noite desta quarta-feira (27), o plano de reabertura gradual do comércio de atividades não essenciais, que irá ocorrer a partir do dia 1º de junho. A medida vale somente para capital. A flexibilização ocorre, segundo o governo, após redução no avanço da Covid-19. Em todo o estado, o número de casos da Covid-19 passa de 33,5 mil e são mais de 1,8 mortes em decorrência da doença.

 

O plano de reabertura prevê quatro ciclos: o primeiro a partir de 1⁰ de junho; o segundo em 15 de junho; o terceiro em 29 de junho e o quarto a partir de 6 de julho. De acordo com o governo, o avanço para cada etapa do ciclo dependerá da curva de casos do novo coronavírus na capital.

 

Veja abaixo o cronograma de reabertura, definido por ciclos:

 

1º ciclo - 1 de junho (grupos de risco não retornam)

 

  • Igrejas e templos (30% de ocupação, com eventos de 01 hora de duração e intervalo de, no mínimo, 05 horas entre um vento e outro)

  • Lojas de artigos esportivos e bicicletas (venda e reparo)

  • Lojas de artigos para casa

  • Lojas de vestuário, acessórios e calçados

  • Lojas de móveis e colchões

  • Atendimento presencial, médico e odontológico, sujeito a agendamento prévio

  • Joalherias e relojoarias

  • Comércio de artigos médicos e ortopédicos

  • Serviços de publicidade e afins

  • Petshops

  • Lojas de variedades

  • Agências de turismo

  • Concessionárias e revendas de veículos em geral

  • Óticas

  • Floriculturas

  • Bancas de revista em logradouros públicos

 

2º Ciclo - 15 de junho (grupos de risco não retornam)

 

  • Lojas de informática, comunicação, telefonia e materiais e equipamentos fotográficos

  • Lojas de brinquedos

  • Livrarias e Papelarias

  • Lojas de departamentos e magazines

  • Restaurantes, cafés, padarias e fast-food, para consumo no local

  • Comércio de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal

  • Lojas de eletrodomésticos, áudio e vídeo

  • Comércio de animais vivos

  • Comércio de bijuterias e semijoias

  • Comércio especializado de instrumentos musicais e acessórios

  • Comércio de equipamentos de escritório

  • Escritórios Contábeis

  • Escritórios de Imobiliárias

  • Assistência Técnica de eletrônicos, eletrodomésticos e demais itens

  • ·Bancas de jornais e revistas em espaços internos

 

 

3º ciclo - 29 de junho (grupos de risco não retornam, inicialmente por duas semanas)

 

  • Lojas de artesanatos e souvenirs

  • Cabeleireiros, barbearias e outras atividades de tratamento de beleza

  • Comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes

  • Academia e similares

  • Comércio varejista de artigos de caça, pesca

  • Comércio de fogos de artifícios e artigos pirotécnicos

  • Comércio varejista de armas e munições

  • Stands de vendas de imobiliária

  • Reabertura de parques públicos, aparelhos urbanos e visitas a atrações turísticas

 

4º ciclo - 6 de julho (Grupos de risco voltam às atividades, exceto se não permitido por ordem médica)

 

  • Creches, escolas e universidades da rede privada

  • Cinema (capacidade máxima de 50%)

  • Outras atividades não contempladas nos ciclos anteriores

 

De acordo com o plano do governo, as exceções ficam para bares, casas de shows e eventos. Para essas atividades, ainda não há data. Já escolas das redes municipais, estadual e federal, ainda estão à definir.

 

Outra determinação é quanto aos shoppings, que poderão abrir com uma lotação de no máximo 50%.

 

"Lojas que estão nesse primeiro ciclo, elas vão poder abrir dentro dos shoppings centers. Segue o mesmo padrão de lojas. Eles não vão abrir com todas as lojas funcionando. Ele vai abrir com parte das lojas funcionando", disse o secretário de Planejamento, Jorio Filho.

 

O governo informou que o plano de retomada das atividades não essenciais foi definido a partir do mapeamento e análise de indicadores da evolução da pandemia, como disponibilidade de leitos, taxa de transmissão e óbitos em Manaus que, segundo o governo, estão reduzindo.

 

“Todas as decisões que estamos tomando são decisões equilibradas. Levando em consideração a diminuição dos casos na capital e o aumento da estrutura que estamos tendo de atendimento para o Covid-19. Conseguimos aumentar significativamente a capacidade de leitos clínicos, leitos de UTI. Tudo isso fez com que tivéssemos um número de recuperados muito grande. A taxa de recuperação do Amazonas é a maior do País. Enquanto a média nacional é de 40%, a nossa é de 70%. Dos 33 mil casos confirmados, temos 26 mil recuperados no Amazonas. Tudo isso prova de que o estado do amazonas está no caminho certo no combate à Covid-19”, diz.

 

Ainda conforme o governo, o plano de reabertura considera, também, as medidas de prevenção contra o novo coronavírus, que devem ser mantidas.

 

“Toda essa abertura será de forma gradual, seguindo regras de distanciamento social, o uso de máscara, uso de álcool em gel, medição de temperatura para trabalhadores, clientes e fiéis que vão às igrejas”, disse.

 

A diretora da Fundação de Vigilância em Saúde, Rosemary Pinto, disse que será elaborado um documento com as normas específicas para os diferentes setores, mas a orientação básica são:

 

  • Distanciamento social;

  • Home office

  • Evitar aglomerações

  • Manter grupo de risco em casa;

  • Uso de máscara, álcool em gel, higienização dos ambientes

  • Marcação de espaço orientado quando o local tiver fila.

  • Limpeza de áreas frequentemente manuseadas

 

O decreto em vigor que mantém apenas o funcionamento de serviços essenciais segue até o dia 31 de maio.

 

Lima havia anunciado, no domingo (24), que a reabertura gradual do comércio em Manaus estaria condicionada à redução dos casos da Covid-19.

 

Estatísticas

De acordo com a última atualização dos casos da Covid-19, nesta quarta-feira (27), o número de casos confirmados de Covid-19 chegou à marca de mais de 33 mil contaminados. O número de óbitos pela doença é 1,8 mil.

 

Das 62 cidades do estado, somente duas não têm casos da doença. Dos 33.508 casos confirmados no Amazonas, 14.800 são de Manaus (44,17%) e 18.708 do interior (55,83%). Dos leitos de UTI, 82% estão ocupados.

 

O Amazonas é o quarto estado brasileiro mais afetado pela Covid-19 no país, depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.